sexta-feira, 8 de junho de 2012

No supermercado



Somos o que comemos. É verdade. Comemos em casa o que levamos para dentro dela. 

Ouvi uma sugestão na tv, faz tempo, que falava que quando formos fazer compras em supermercados, que não façamos com fome, porque tendenciamos a comprar alimentos mais calóricos, mais gordurosos. Já fiz compras nas duas situações (com e sem fome) e é verdade. 


Antes de ontem fui comprar alimentos. Eu tinha acabado de sair de uma atividade da faculdade que durou o dia todo e parte da tarde, então às 15 hs eu ainda não tinha almoçado, estava com fome mesmo. 
Como não tinha nada em casa, fui resolver o problema e acabei por aumentá-lo mais.
Comprei tudo o que não devia, coisas práticas que estudantes adoram para economizar tempo na cozinha. Alguns enlatados e massas, porque são os mais práticos de se fazer quando se chega com fome em casa. Nada de legumes ou frutas.

É um péssimo costume de muitos estudantes que moram sozinhos. A gente não pretende perder tempo cozinhando, até porque, no meu caso, não me incentiva cozinhar apenas para mim. Quanto tenho visitas em casa gosto de preparar coisas diferentes, algo com cara de alimento mesmo (kkkk), mas se estou só, mato tranquilamente um miojo... 

Tenho me sentido mais ansiosa esses dias, meu bruxismo acusa isso. Essa ânsia mexe com tudo, inclusive com a forma de me alimentar.
Como já falei em outro post, posso ser considerada parte do grupo chamado comedores compulsivos, que é um tipo de distúrbio alimentar enquadrado como transtorno mental, podendo provocar até a morte em alguns casos (não o meu, claro!). 

Comer por ansiedade, por preocupação e não por sentir fome. Faço isso com frequência e com a mesma frequência vem o arrependimento depois. 
Encontrei um texto legal da Rejane Sbrissa, psicóloga cognitiva especializada no tratamento da obesidade e dos transtornos alimentares, onde ela escreve sobre compulsão alimentar. O texto diz o seguinte:

VENÇA A COMPULSÃO

É perfeitamente possível se convencer de que você é quem tem o controle e, não a comida.Em primeiro lugar é preciso saber a diferença entre o ''não posso'' e o ''não quero''. Vc pode comer chocolate, mas não é porque gosta e pode que vai comê-lo todos os dias, a toda hora, percebe? Você pode comer um bombom e sentir-se satisfeita, a caixa toda é compulsão e não fome ou vontade.Depois é fundamental aprender a acreditar em si mesma. Antes de mais nada pense em você. Para que comer a torta toda? Será que vc precisa disso? Será que a sobremesa realmente vai caber, ou seu olho é maior que a barriga? Você vai comer chocolate porque está com fome, vontade ou por outros motivos, tipo, alguém ofereceu, ou porque está no armário? O segredo é criar consciencia do porque está comendo; se está com fome, se é só para acompanhar alguém, se é porque está na sua frente, ou porque está descontando emoções na comida...Diante dessas questões, claro, o único caso que deve ser resolvido com comida é a fome. Se estiver triste, chore; se está ansiosa, tome um banho, relaxe, respire fundo; O importante é vivenciar as emoções e resolver cada uma delas com a solução mais adequada. À partir daí voce vai começar a perceber a diferença entre fome-física e fome-emocional e vencer a compulsão. Essa percepção e o reconhecimento das duas situações distintas abrem seu leque de opções.É voce quem vai decidir se come ou não come. E assim, mostrará à comida, e a si mesma que tem o controle daquele momento.

Quanto erro eu cometo, mesmo sabendo o que fazer. Descuidada, desatenta. Descomprometida.

tchau.

2 comentários:

  1. Passei para retribuir a visita, já estou te seguindo também!
    Bjão

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